Falando sobre as velas de competições by Bruno Menescal

Jul 09, 2011 1 Comment by

Acho que está havendo algumas colocações um pouco equivocadas ao meu ver, vou colocar a minha opinião, e tentar detalhar alguns pontos!… Primeiro o Frank colocou que no PWC não aconteceram acidentes fatais, OK acidentes foram muitos e alguns muito sérios, deixando pilotos estropiados pelo resto da vida Peter Brinkebi, Claude Lemaire,etc,etc,etc…. No final dos anos 90 o PWC reviu um pouco seus conceitos e principalmente em relação aos “locais de provas” e as condições para se lançar as mesmas… Em 2000 no PWC em Granada, Frank deve se lembrar estávamos em uma mesa com muitos pilotos (figurinhas carimbadas) e rolou uma “disputa ” de quem tinha se quebrado menos e o resultado foi Frank que só tinha quebrado um braço”na época”, isso foi antes do mesmo quebrar algumas vertebras em Valadares… Quanto a acidentes nos Mundiais vamos lá, 99 Áustria piloto da China a FAI aceitou 240 pilotos voando nesse Mundial e as condições foram “desastrosas” com 1 prova que quase se transformou em uma tragédia, e uma segunda embaixo de chuva, a equipe Brasileira já havia se retirado da competição, puxando um protesto contra a organização que queria validar de qualquer jeito o Mundial, protesto este que foi seguido por diversos paises… Resultado na prova lançada embaixo de chuva o acidente fatal ocorreu, e a vergonha maior foi que por razões “obscuras” o mundial foi validado… Lembro da cara do dono de uma reputada “fábrica de parapente” quando a equipe brasileira foi tomar satisfações com o mesmo sobre o comentário, “no dia que um piloto brasileiro for campeão mundial eu dou a fabrica para ele” como veremos no seguinte ele quase perdeu a fabrica “Ele era o maior patrocinador do evento” coincidentemente um piloto seu que estava em primeiro lugar na competção foi o “campeão”!… Portugal 2001 Brasil foi vice-campeao com Frank, nenhum acidente fatal… Espanha 2003 nenhum acidente fatal… Brasil 2005 nenhum acidente fatal… Australia 2007, acidente nos treinos, pilotos sugados por um Cumulus Ninbus, resultado 1 piloto japonês fulminado por um raio, alguns pilotos sobrevivem ao acontecimento e milagrosamente o piloto (vice-campeã do PWC na época) Ewa Wisnewska faz seu pavoroso passeio a 10.000 metros de altitude… Mexico 2009 falecimento do piloto suiço Schmoker (vice-campeão) do PWC na época… Espanha 2011!!!!!!!!!!!!!! tudo que já sabemos, diferenciar eventos???????… Comentar que os pilotos falecidos nao tinham capacitacão para estar voando essas velas, e no minimo querer tapar o Sol com a peneira e uma grande falta de respeito, na primeira prova o piloto chileno terminou a prova em 35, e o piloto Argentino se nao tivesse sido penalizado teria terminado em 30, será que eles estavam aptos a voar essas velas?… Não posso opinar sobre esses parapentes em questão pois não os voei, mais tenho algumas duvidas… Duas semanas antes o renomado piloto Alex Hofer, venceu o PWC da Austria, tudo bem que com 1 prova e condicões humidas (fracas) , uma semana depois o mesmo se viu obrigado a lançar seu reserva e se machucou nos Alpes voando com um dos parapentes em questão, em condições ditas (fortes), abandonando o XAlpes de 2011… Li que foram 9 lançamentos de reserva em Pedrahita entre treinos e provas, alguns com pilotos renomados e participantes do circuito PWC… Sinceramente acho que como a “primavera aqui na Europa”, que é a época de real teste desses novos parapas esse ano foi de poucas janelas de voo, esses equipamentos foram pouco testados e entregues encima da hora a muitos pilotos que não queriam ficar de fora da disputa , pelo simples fato de serem os de melhor performance e se juntando o fato de que ninguém quer ficar para “traz” na disputa, ajudou consideravelmente a causar os resultados que presenciamos… Não acho que a categoria open vai acabar, pois sempre vai existir pilotos dispostos a pagar o preco, em detrimento da seguranca que infelizmente nunca sera total na modalidade… Antigamente existia uma manobra que foi habolida nas homologacoes de parapentes o Full stoll “acelerado”, como seria um  front ou uma assimetrida de 50 % ou mais a 70 Km por hora com um paraca desses??????? Vem de lá os 3 pilotos brasileiros voando a competição, alguém tomou algum “cabong” desses nesses dias?… E por favor, nao me venho com situações “In vitro” para avaliar essas reações, uma coisa e testar um equipamento em sitiações sob controle,outra coisa e voando em competição, saindo da base de uma nuvem ,um pegando uma termal cizalhada a 8m/s… Uma coisa e certa, o CIVL fez um papelão, autorizando e depois desautorizando esses equipamentos, foi dado um passo maior que as pernas e agora estao dando um passo meio desengonçado para traz… Resultado em 1 dia mais de 15 parapentes dessa nova geração á venda no www.paraglidinforum.com, como dizem em alguns circulos de vez em quando os pilotos competidores parecem um “bando de Gnus” eu diria de Patos mesmo!… No voo livre sua “personalidade” e observação dos fatos muitas vezes pode salvar seu pescoço, use seu discernimento , voe pra você o maior perigo para um piloto é o seu ego!

Parapente

Sobre o Autor

Instrutor de Asa Delta | Parapente pela Confederação Brasileira de Voo Livre "CBVL" e Paramotor | Paratrike pela Confederação Brasileira de Paramotor "CBPM" | APPI PPG.
Comments are closed.