Recorde na Serra da Moeda – BH da rampa SUL by Ney Murtha – AirCross USport
Pessoal, obrigado pelas manifestações. Antes de falar do vôo queria fazer minhas reverências ao Lucas que detinha a marca de melhor vôo na rota sul (e que durou uma década!!!) e ao Bahiano que tinha a melhor marca de parapa nesta rota feita este ano, pousando junto com o Cid. Preciso dizer que saí pro vôo triste com tanta fumaça no vale e na serra. Deprimente.Cheguei por volta das 11:00 e já havia um cloud bem à esquerda da 040 na direção sul. A previsão parecia se confirmar, pré-frontal e pressão baixa e vento norte. O vento haveria de aumentar também à medida em que progredíssemos na rota. Chega o Paulista, combinamos a frequencia e saímos pro vôo, que não estava na cordilheira. Saímos pro vale e giramos algumas poucas termais juntos. Daí estampei antes de Moeda e ele com dificuldades de engatar o vôo no vale mandou na direção do trevo de Moeda onde estampou e cortou pra rota da BR040. Só voltamos a nos comunicar quando estava depois de Jeceaba e ele chegando em Conselheiro Lafaiete, em rotas quase paralelas, com 20 kmsde distância. Inicialmente pensei em almoçar em Tiradentes (+-100kms) mas percebi que o ventou ficou um pouco noroeste e não rendia tão bem no vale. Resolvi pular para a BR 040 onde o Paulista já trabalhava. Marquei o rumo de Carandaí e toquei o barco. Cheguei alguns kms atrasado, mas a condição aí já estava maravilhosa, completamente diferente do que tinha sido o vôo até então. Muitas formações, termais fortes e bem definidas e bases na casa dos 4000 asl. O Paulista cortava mais à esquerda da BR e tinha uns kms de vantagem. Pedi que tocasse o barco que ia tentar alcançá-lo. Quase em Barbacena uma nuvem se desenvolvia muito rápido e chegando na base percebi que precisava sair dali ou teria problemas. Mandei orelhas e desviei para sua
borda pela esquerda, chegando a 4138 m, maior altitude do vôo, que me proporcionou a maior transição, de mais de 20 kms. Próxima cidade: Santos Dumont, meu santo preferido, padroeiro dos voadores. A uns 12 kms da cidade encontro o Paulista, um pouco baixo, e segundo me disse, já satisfeito com o vôo, até então de 134 km. Perguntei a ele sobre o melhor vôo do ano ele disse que era de 150km, do Bahiano. Disse que se concentrasse e se agarrasse em qualquer bolha pois a marca ia cair. Ele conseguiu uma boa termal e estampou de novo. Como a condição adiante estava ruim, resolvi que tinha que esperar um pouco mais até que algo mudasse. Subi a 3400, cortei Santos Dumont e tirei no planeio já com Juiz de Fora no visual. Não consegui nada mais no caminho, mas como sabia que era a tirada final buscava sempre o melhor planeio. Para minha surpresa vejo o Paulista pousando na entrada de Juiz de Fora, na minha alça de mira. Resolvi aproveitar até a ultima gota aquele planeio e pouso 1,5 kms adiante. Resumo da brincadeira: Uma saída já tarde e lenta e uma condição mágica depois de Lafaiete. Foi mais ou menos assim. Queria agradecer ao Junie que nos levou até a rodoviária e à Marcinha e Rinaldo que ficaram na retaguarda. Parabéns ao Paulista que voou sozinho o tempo todo e soube aproveitar a oportunidade da condição. Tá voando muito.Meu voo: http://xcbrasil.org/leonardo/flight/43572 172,9 km – AirCross USport … Voo do Gladson: http://xcbrasil.org/leonardo/flight/43570 171,5 km. Um grande abraço, Ney Murtha.